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23 anos depois, assessora de Leandro explica polêmica do 'chapéu no caixão'

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  • Fonte: UOL
23 anos depois, assessora de Leandro explica polêmica do 'chapéu no caixão' Ede Cury abriu o coração e contou detalhes inéditos dos bastidores da morte do cantor sertanejo Leandro
Reprodução/Instagram

A assessora de imprensa Ede Cury abriu o coração e contou detalhes inéditos dos bastidores da morte do cantor sertanejo Leandro, que comoveu o Brasil em junho de 1998. Muito próxima do cantor, ela acompanhou de perto sua longa batalha.

Na conversa com o canal de André Pintui no Youtube, ela afirmou que soube antes que o sertanejo não ia resistir. "Os médicos já tinham em chamado e falado que ele não ia aguentar. A família foi toda para o hospital, menos o Leonardo que estava fazendo show, estava na Bahia. Eu não sei como, mas as coisas vão vazando", contou ela.

A jornalista lembrou que na época foi montado um esquema de guerra para que nada se tornasse público sem passar pela assessoria. "Uma foto dele na UTI valia cem mil dólares. A gente colocou seguranças de costas na UTI e todo mundo era revistado", relembra.

Assim que foi confirmada a morte do cantor, Ede Cury conta que a família ficou desesperada e sumiu. Perplexa e muito abalada com a notícia, coube a ela correr atrás dos trâmites.

"Quando o Leandro foi embora, sumiu todo mundo. Eu só encontrei o motorista do Leandro. Ficou aquilo: como vai ser? Onde vai ser? E eu tinha que vestir o Leandro. E agora?”, contou ela que ainda disse que pediu ajuda para o motorista, Robson, ir buscar a roupa com a qual ele seria enterrado.
Ela então afirmou que o rapaz trouxe um chapéu usado pelo sertanejo durante uma aparição no hospital onde ele fazia o tratamento.

Agora, 23 anos depois, ela explica que o chapéu que foi colocado no caixão não foi uma ação de marketing. Na época, ela foi muito criticada pelo tema. “Ele pegou a roupa inteirinha, aquela história do chapéu na beira do caixão, que eu não fui super penalizada por isso, na verdade era porque eu não tinha onde colocar o chapéu. Achavam que era marketing. Além de ser dele, eu não mandei buscar um chapéu, naquela confusão eu fiquei andando com ele [a peça]”, declarou garantindo que nad foi planejado.

Anos depois, ela ainda guarda cada momento daquele dia e lembra a comoção. "Foi um momento muito difícil, ninguém transitava na rua, o Exército veio, fechou tudo e eu me perdi. Eu sai com ele, no carro fúnebre. Lá na Assembléia existiam não sei quantos milhares de pessoas", diz ela emocionada.

Leandro morreu às 0h10 de 23 de junho de 1998. Lutando contra um tumor raro, ele chegou a tentar o tratamento nos Estados Unidos, em Baltimore. O irmão de Leonardo foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo e foi homenageado por mais de 25 mil fãs que compareceram para dar o último adeus.